Não sei se estou “chovendo no molhado”, quero dizer, se este tema já está muito batido, mas uma coisa é certa: alertar nunca é demais!
Por isso, resolvi iniciar este nosso espaço escrevendo sobre este tema que para mim é fascinante: a relação entre Caixa e Competência.
Determinar o resultado de um período, normalmente representado pelo mês que se finda, não é tarefa das mais fáceis, pois necessita da apuração de várias informações que estarão apresentadas na DRE (Demonstração do Resultado do Exercício). Porém, este esforço vale a pena!
Digo que não é tarefa das mais fáceis porque as Micro e Pequenas Empresas que se utilizam de escritórios contábeis, muitas as vezes não dispõem de controles internos que possibilitem a apuração mensal, e o Contador acaba apurando a DRE com base nos inventários feitos no início ou no fim do ano, (utilizam da seguinte fórmula: Custo da Mercadoria Vendida é igual ao Estoque Inicial mais as Compras menos o Estoque Final => CMV=Ei + Compras – Ef). Isto está absolutamente correto, mas como fica o mês a mês?
E é aqui que faço valer a pena, pois de posse desta apuração mensal, o empresário consegue verificar se há lucro em sua atividade mensalmente.
Agora, a apuração deste lucro, representado pelo regime da Competência que nada mais é do que apropriar cada Receita e cada Gasto realizados ao período em análise, independente se este já foi recebido ou pago, se torna tão mais urgente quanto os efeitos que podem ser percebidos no Caixa.
Sem a informação de como andam os resultados, a empresa segue sendo administrada pelo saldo bancário (Caixa), quando a seguinte situação pode acontecer: de repente, falta dinheiro para determinados pagamentos a impostos e fornecedores, a empresa então recorre aos títulos que têm a receber, e os antecipa junto ao banco. Não digo que esta prática está errada, mas enfatizo que, em ocorrendo sem a apuração do DRE, pode ser um sintoma de que a empresa não está gerando Lucros suficientes, e, portanto, esteja consumindo o seu Capital de Giro.
Assim, conhecer a Lucratividade mensalmente é uma das formas de garantir que haverá geração de Caixa, manutenção e até mesmo aumento do Capital de Giro da empresa. Agora, sem a informação em mãos, o empresário está caminhando tal qual um motorista que dirige o seu automóvel em um dia de forte neblina: com pouca visibilidade do horizonte.
Agradeço imensamente a atenção e até o nosso próximo post.
Abraços,
Alexandre Fonseca Costa
ANIL Consultoria em Finanças e Controladoria
